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Marcos Paiva Trio

Choroso (Tratore/2015)

Em seu quarto disco de carreira, lançado em 2015, o músico coloca de maneira inédita o contrabaixo dentro do universo do choro e, ao misturar o tradicional ritmo brasileiro ao jazz, apresenta um álbum singular, de sonoridade pulsante e forte.

 

Construir uma música improvisada baseada nas inflexões melódicas e rítmicas da cultura brasileira, mas que pudesse se abrir para harmonias jazzísticas e para um conceito mais universal. Esse foi o ponto de partida do projeto Choroso, do contrabaixista e compositor Marcos Paiva.

 

Por trazer em sua história o diálogo constante com outros sotaques musicais – como polca e lundu no seu nascimento, e mais maxixe, mazurca, marcha, tango, valsa, samba, dentre tantos outros –, o choro se apresentou como a manifestação musical brasileira mais adequada para essa abertura estética.

Após estudar por mais de seis anos o gênero e optar por uma formação bastante inusitada para o choro – composta por contrabaixo acústico, bateria e saxofone –, o musico chegou a uma sonoridade mais limpa, em que o contrabaixo ganha espaço para também se tornar protagonista. Em um movimento inédito, o contrabaixo assume o papel do violão de 7 cordas, enquanto a bateria de  Bruno Tessele e o saxofone de César Roversi se aproximam do pandeiro e do clarinete, lembrando a tradição do choro, mas também dando lugar a novas possibilidades para o gênero.

 

As composições e nos arranjos criados para o disco transformam cada instrumento do trio, ora em solista, ora em acompanhante, mostrando, assim, a enorme gama de sonoridades inesperadas desses instrumentos e também a profundidade conquistada em performance e em cumplicidade pelo trio. 

Para inserir o contrabaixo na roda de choro, criando uma nova linguagem para o seu instrumento, Marcos Paiva foi beber nos contrapontos melódicos de Pixinguinha - principalmente nas gravações memoráveis ao lado do flautista Benedito Lacerda. A partir dessa experiência, passou a desenvolver no contrabaixo suas próprias “baixarias”, como ficaram conhecidos esses mesmos contrapontos no violão.

 

Com o CD Choroso, o contrabaixista confirma o que vinha buscando desde o início de seus estudos: que existe um caminho generoso e promissor na mistura do choro com outras linguagens abertas e improvisadas.

 

Segundo o crítico de música, Carlos Calado, que assina o encarte do álbum, “poucas vezes se ouviu, na história da música instrumental brasileira, choros soarem tão naturalmente jazzísticos. Ou, por outro lado, em raras ocasiões o jazz se aproximou de maneira tão íntima da linguagem do choro”.

Críticas

 

"Pela naturalidade da fusão de choro com o jazz, Choroso, confirma Marcos Paiva como um dos mais geniais músicos da cena instrumental brasileira contemporânea". Mauro Ferreira, Blog Notas Musicais.

“Poucas vezes se ouviu, na história da música instrumental brasileira, choros soarem tão naturalmente jazzísticos. Ou, por outro lado, em raras ocasiões o jazz se aproximou de maneira tão íntima da linguagem do choro”. Carlos Calado, Blog Música de Alma Negra.

"O resultado que obteve com as oito composições autorais que fazem parte do trabalho é, de fato, diferente. A escuta remete ora ao jazz,ora ao choro,por vezes ficando difícil estabelecer fronteiras ou determinar um rótulo para o som. Isso não se deve exclusivamente ao trabalho de Paiva como compositor e arranjador, mas também à sua escolha da formação, pouco usual". Eduardo Tristão Girão, Estado de Minas.

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