SLAMOUSIKE
Marcos Paiva Sexteto
+ Juliana Jesus, Killa Bi, Kivitz e Max Bo
Ficha técnica - Créditos álbum SLAMOUSIKE
Gravado no dia 22 de março de 2022 no estúdio Trama Nacena - São Paulo, por Ricardo Câmera.
Assistentes Caio Roberto e Douglas Martins.
Mixado por Thiago Rabello (Big) no estúdio DaPáVirada.
Masterizado por Maurício Gargel.
Produção e direção musical: Marcos Paiva
Produção executiva: Ana Lima
Músicos (ordem alfabética):
Cassio Ferreira: sax alto e flauta
Daniel Dalcântara: trompete
Edu Ribeiro: bateria
Jaziel Gomes: trombone
Gustavo Bugni: piano e rhodes
Marcos Paiva: contrabaixo, arranjos e composições
Foto: Antônio Brasiliano e José de Hollanda
Capa e design: Ana Lima
SLAMOUSIKE
Marcos Paiva Sexteto e os rappers Juliana Jesus, Killa Bi, Kivitz e Max B.O. apresentam a pulsação e a energia de uma mistura única entre o jazz afro-brasileiro e o rap.
Em Slamousike, o contrabaixista Marcos Paiva convidou os rappers Killa Bi, Kivitz, Max BO e a slammer Juliana Jesus para um projeto inédito: reunir num álbum a performance improvisada do samba jazz, a sonoridade instrumental ordenada pelas harmonias jazzísticas e pela rítmica afro-brasileira, e a potência crítica e artística da cultura hip hop (rap, grafite e dança).
Musicalmente, a fluidez com que Paiva costurou as passagens entre os dois universos, inclusive construindo colagens de temas como os DJs costuram, enriqueceu os dois lados. O rap ganhou arranjos sonoros mais potentes e uma condução musical mais orgânica e viva, enquanto o jazz ganhou o discurso direto, potente e político da palavra rimada.
Essas três culturas unidas no projeto, o jazz, o samba e o hip hop, nasceram em berços periféricos das grandes cidades do Brasil e dos Estados Unidos, e, para além do seu caráter improvisado, se tornaram maneiras de organização social e de contestação de valores estabelecidos. A simbiose construída neste trabalho é única, pois foi construída pensando em todos esses aspectos socioculturais e musicais.
Para escrever as letras e interpretá-las, Paiva convidou os rappers Killa Bi, Kivitz e o Mc Max BO. A contestação falada aparece com a slammer Juliana Jesus, multi-artista da nova geração.
Para construir este caráter mais teatral, o músico colocará o grafite e as danças nas projeções do espetáculo.
O sexteto do contrabaixista, o MP6, que completa 15 anos em 2022, é formado por Daniel D’Alcântara (trompete), Jaziel Gomes (trombone), Cassio Ferreira (sax e flauta), Gustavo Bugni (piano), Edu Ribeiro (bateria) e o próprio Marcos, ao contrabaixo.
Por fim, o nome Slamusike.
Slam significa batida. Mousike é a palavra grega que, embora signifique música, está muito além – pois revela que a educação musical grega continha dentro de si a transmissão de noções de ética e estética. A educação oral, que também é muito difundida até hoje no continente africano, possibilita educar o outro ao fazê-lo questionar os valores expostos em nossa sociedade e os valores íntimos ou internos. Este trabalho, com a despretensão que lhe cabe, pretende, de forma singela e para além do entretenimento, estimular a discussão para a política do nosso dia-a-dia. Afinal, “o custo de vida, o preço do feijão, da farinha, do aluguel...dependem das decisões políticas”. (Frase de autor desconhecido e atribuída a Bertold Brecht).